terça-feira, 27 de setembro de 2016

Crianças desfavorecidas

Tristes são os divorciados ressabiados que para se vingarem dos ex's, prejudicam os filhos. Lamentável, não conseguir preservar as crianças de ter sido abandonados, dedicados ou traídos. O amor-próprio e o bom senso deveriam ter resolvido. A dor vira ceguez e desproporcionada. A raiva sangra de paranóia e de fantasia para criar intrigas e conflitos. É por fim, o pior, o medo de ser menos amado do que o outro progenitor! 

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Dor

Ninguém que não passou por excesso não percebe a profundidade da dor e do desespero.
Mata. Só o álcool, os comprimidos e as drogas a atenuem. A violência exorcize. Os insultos não resolvem. Esquecer não passa. Só atenua com extremo esquecimento da mente e do corpo.

Insignificância

Tu é que sabes o que é melhor para ti. Tentar mudar-se aos quarenta é um caminho difícil. mas necessário. Espero que te encontres. No meio deste peso familiar e pessoal. Precisamos de nos afastar para se encontrar. Ficando por perto, será sempre ofegante. Penoso, é encontrar o meu lugar aí, em ti. Deixar-te crescer, evoluir, sentido-me desvalorizada e desprezada aos teus olhos, sem te apoiar em mim. Custa muito perceber o que sou por ti. Se não te amasse tanto, já cá não estava para ti.  

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Imaturidade

Chegar aos quarenta e saber o que se quer para o resto, é normal. Mas há quem não chega sequer a perceber que se pode escolher o caminho do bem estar.
É o caso de Aníbal. Filho único, mimado e idolatrado. Este afogamento materno só lhe proporcionou pouco amor-próprio e pouco amor do próximo. Pouca tolerância e pouca vontade de ser alguém melhor. Não porque não quer mas simplesmente porque já é o melhor. Sabe tudo. Sabia de tudo. Conhece melhor que ninguém as pessoas. Mas esqueceu-se de se conhecer a ele próprio. Nos olhos da mãe, é superior a Deus, do pai, nunca será à altura de homem. Como sobreviver no meio destes amores de-construtivos e disfuncionais.

Parecendo que não.

A olha e estar presente para todos, há que estar bem disposto e animador. Toda gente está meio deprimido pelos tempos que correm. Mas eu confesso, que hoje não consigo animar-me. E não é hábito. Já tomei um comprimido para aclamar. Mas não paro de choramingar. A minha filha mais nova faz um ano! É bonito. Só que não tenho um tostão para lhe festeja como ela merece, este amor novo que me calhou e me enriqueceu. Não tenho um tostão para partilhar com as pessoas que amo este ser vivo lindo. Não é importante. Eu sei. Mas importantes são os valores humanos que faço questão de lhe transmitir para ela ser feliz. Mas queira lhe festejar este primeiro ano de vida. Ela não tem culpa das consequências das minhas decisões profissionais. Mas acaba por pagar por isso. Quer dizer, ela de facto, não. Não lhe falta amor. eu. Parece que sou castigada. Ok! Aceito. Amanhã será melhor...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Ela será sempre só linda. Nada mais.

Tinha sido concebida para ser linda. Queria ser admirada por todos mas só conseguia por alguma raça  masculina. A que só vê e que quer exibir. O feitio e as intrigas tornava-a insuportável. Insuportável ao ponto de inventar histórias maiores do que ela. Para testar as pessoas. Para ser mais amada. Para chamar a atenção. Para espalhar veneno. Com as irmãs, entre os pais, para com a família toda. O marido, nem se fala. Passava das emoções extremas do amor louco ao pior desprezo. Com os filhos era um bocado assustador. A filha era igualzinha à progenitora. não tão bela mas tão maniante. O filho tinha que adorá-la. Tinha que dizer era a mais linda, a melhor, a mais que tudo de tudo. Chegava ao ponto do marido ter ciumes do filho. E o filho ter ciumes do pai. E a mãe ter inveja da filha, mas sempre a rebaixá-la para não perder o nível de beleza altíssimo que se tinha atribuído.  Era da violência física à humilhação pública por pormenores insignificantes enquanto a educação dos valores básicos humanos estava posta de parte. Nunca estava posta em causa. O filho era alvo de bajulamento permanente por ser adorador da mãe. Bem ele o tinha percebido e para se safar, andava ele nesta adoração maternal. Assim tinha ele percebido a manipulação.A Maria do Carmo tinha 36 anos. Segunda de quatro filhas, era a mas bonita e a mais admirada dos pais. Tinha que ter o protagonismo todo. Sempre. A qualquer custo. As irmãs já lhe conheciam os reflexos todos e por inteligência, evitavam os conflitos. E só por exigência dos pais conviviam.